É incrível como nos dias de hoje tantas pessoas escondem-se atrás do escudo protetor das DESCULPAS. Cada vez é mais comum nos depararmos com indivíduos que dedicam suas vidas à “arte” de desculpar-se. É fato que, quem assim procede, não gera resultados.
E o que vem a ser a DESCULPA? Por que ela acontece? O que leva uma pessoa a utilizar desse artifício? Por que ela é inaceitável?
Vamos por partes...
A desculpa é um recurso do comportamento humano que é utilizado pelo indivíduo na tentativa (sempre infrutífera) de justificar um erro ou uma falha. Inconscientemente ou até mesmo conscientemente, a pessoa acredita que, ao desculpar-se, atenuará os efeitos do resultado indesejado. Nada mais surreal. Qualquer experiência vivida pelo ser humano sempre dependerá de como essa pessoa reage a ela, ou seja, da interpretação que cada pessoa faz daquilo que está vivendo em determinado contexto. Não existe realidade para as criaturas. É impossível para um cérebro vivo compreender plenamente o que acontece fora do indivíduo, porque tudo o que o nosso cérebro faz é “CRIAR” realidades subjetivas o tempo todo. Por exemplo: Neste momento poderia estar tocando seu telefone celular, e durante este toque, um som estar sendo emitido. Seu cérebro irá direcionar seu corpo para pegar o telefone e levá-lo ao ouvido para que você possa usá-lo. Na verdade, o som em si, é meramente uma criação do seu cérebro, pois tudo o que seu ouvido capta são moléculas vibrantes no ar. Mas você percebe e reage ao som como se realmente ele existisse.
Ora, quando damos desculpas, estamos tentando oferecer uma justificativa para outro cérebro, ou para o nosso próprio, que desperte uma compreensão de que o que nós fizemos, ou não fizemos, é explicável e compreensível. Porém, se levarmos em conta que os estímulos externos que recebemos são a todo momento interpretados pelo nosso sistema nervoso, podemos facilmente concluir que “DAR DESCULPAS” jamais irá funcionar, porque estamos usando nossa interpretação de uma experiência vivida para argumentar para a mente de outra pessoa, que também fará sua própria interpretação. Complicado? Nem tanto!
Se considerarmos ainda que as funções principais de um cérebro são a PRESERVAÇÃO e a SOBREVIVÊNCIA, fica muito fácil compreender o porque a DESCULPA acontece. Trata-se de uma forma que o sistema nervoso de determinada pessoa se utiliza para preservá-la ou tentar preservá-la de determinada reação de si própria, ou de outrem.
Contudo, por melhor que seja uma DESCULPA, por mais bem elaborada que seja a forma em que ela se apresente, do ponto de vista comportamental, ela é INACEITÁVEL. Há um pressuposto do comportamento humano que diz: “Não existem erros, apenas resultados”. O que são os erros? São resultados diferentes daqueles desejados. Imaginemos que você deseja sair da cidade de São Paulo e chegar à cidade de Fortaleza, mas que durante o trajeto você erra o caminho e chega a Aracajú. O que de fato aconteceu? Em essência, você obteve um resultado diferente daquele que desejava. Em suma, você descobriu uma forma de como não chegar a Fortaleza. Um exemplo célebre desta máxima é a história de Thomas Edison, o inventor da lâmpada...
As pessoas que aceitam desculpas de si mesmas, ou dos outros, colocam-se numa armadilha perigosa, qual seja: A NÃO GERAÇÃO DE RESULTADOS.
Gosto muito de uma frase do professor Aly Badauhy Jr. Que diz: “Na vida, ou damos desculpas, ou damos resultados. Jamais você encontrará alguém que tem resultados, dando desculpas. Jamais você encontrará alguém que dá desculpas, tendo resultados”.
E você, tem dado desculpas ou gerado resultados?
"A provação vem não só para testar o nosso valor, mas para aumentá-lo; o carvalho não é apenas testado, mas enrijecido pelas tempestades". (Lettie Cowman)
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