Decisão sobre divisão do Pará repercute na Assembleia Legislativa

Decisão sobre divisão do Pará repercute na Assembleia Legislativa

Categoria: Estado do Carajás, Jornais;

A decisão do Senado Federal que aprovou, na última terça-feira, a realização de um plebiscito sobre a criação do Estado de Carajás, dividiu opiniões, na Assembleia Legislativa. A maioria dos deputados defende a decisão, uma vez que, segundo eles, existem regiões distantes da capital que sofrem com o abandono do Poder Público. Por outro lado, alguns parlamentares acreditam que várias dúvidas referentes ao projeto de Decreto Legislativo – que ainda deverá passar pela Câmara – precisam ser esclarecidas antes da consulta popular. Joaquim Passarinho (PTB), por exemplo, lembra que a proposta original, de autoria de Leomar Quintanilha (PMDB-TO), não informa quem vai ficar com a dívida do Pará, referente a empréstimos feitos para a realização de obras em todo o Estado, e quem vai pagar a aposentadoria dos servidores estaduais inativos.

‘Muitos desses aposentados trabalharam no sul do Pará, mas o projeto não fala disso’, destaca Passarinho. Outro ponto que precisa ser definido é quem participará da eleição. ‘O que eu não concordo não é com o plebiscito, mas com o projeto, que diz que o plebiscito vai ser feito só na área a ser desmembrada. Todo o povo do Pará tem que ser consultado’, afirma o parlamentar, que questionou ainda a forma como foi feita a divisão. ‘Tem que ter um estudo. O que é sul do Pará? Por que Tucuruí fica para lá?’, indagou Passarinho.

Airton Faleiro, líder do governo na Assembleia, acredita que a decisão do Senado aconteceu graças a uma movimentação política feita por partidários favoráveis à criação do novo Estado. ‘Mas entre aprovar no Senado e na Câmara há uma distância muito grande’, frisou o parlamentar. Para ele, se o plebiscito fosse feito agora não iria passar. ‘Porque existe também o movimento para criação do Estado do Tapajós e os eleitores deste Estado votariam contra por achar que isso dificultaria mais lá para frente criar outro Estado’, justifica Faleiro, que revelou a posição da governadora diante da medida adotada no Senado. ‘Quem está governando não trabalha pela divisão do Estado, mas pela diminuição desse anseio. Ela está trabalhando pela descentralização. Hoje, temos ações nos 143 municípios paraenses’, garante.

Favorável à criação do Estado do Carajás, o deputado estadual João Salame (PPS) reclama do abandono vivido por muitos municípios distantes da capital. ‘São vários países dentro do Pará, o Estado não dá conta de administrar essa imensidão. A falta de investimentos não acontece só no governo da Ana Júlia, mas em sucessivos governos’, avaliou Salame. Segundo ele, isso provoca não apenas aumento da criminalidade como escassez de serviços considerados essenciais à população, como o abastecimento de água. ‘Cinco municípios do sudeste paraense, Xinguara, Eldorado, Curionópolis, São Geraldo e Tucumã, todos administrados pelo PT, ou partidos aliados, são atendidos pela companhia de abastecimento de água do Tocantins, a Saneatins. Isso é uma vergonha’, desabafou Salame, que ainda destacou o fato de Carajás ser a terra mais rica do Estado. ‘Acho que a emancipação soma mais do que divide. Sou a favor da criação do Estado de Carajás porque acredito que a administração mais perto da sua base feita por pessoas comprometidas com a realidade vai ajudar a melhorar a vida na região’, prosseguiu.

Fonte: O Liberal

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Um comentário:

  1. O que precisa ser considerado é que o Pará, tem riquezas imensuráveis e que o Povo pararaense, tem que valorizar e reaprender a crescer. Todo o Pará tem potencial, basta que lideranças sérias que se preocupam com as diversas regiões dessa imensidão, se movam para reestruturar este novo modelo geográfico. Fala sério gente, só temos a ganhar todos.

    Rosslleney Sampaio - PMDB Tucumã - PA

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