Em: 13/06/2010 TRABALHO - Aquecimento do setor é responsávelpelo aumento da oferta de emprego |
O setor mineral emprega atualmente mais de 142 mil pessoas no Pará. No primeiro quadrimestre deste ano, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) estipula que foram gerados cerca de 6.500 novos postos de trabalho. Uma mineradora sozinha é capaz de empregar pelo menos 200 pessoas por mês, a maior parte nos municípios de Marabá, Parauapebas, Ourilândia do Norte e Canaã dos Carajás. Nesta última, inclusive, foram abertas mais de mil vagas em maio para a instalação da mina de ferro Serra Sul, com jazidas estimadas em 11 bilhões de toneladas. As vagas não param de ser ofertadas e para concorrer a uma delas basta ficar de olho nas páginas da internet - e se puder, estudar em um bom curso técnico.
O déficit de mão de obra, segundo os especialistas, ocorre sobretudo na área técnica por causa da educação básica deficiente, que impede o desenvolvimento profissional, e dos aspectos culturais do belenense, que se recusa a deixar a capital mesmo quando vislubra oportunidade de emprego no interior. Embora a demanda seja alta e os profissionais escassos, os salários de técnicos são razoáveis, com benefícios como ajuda de custo, plano de saúde e de carreira. A remuneração de um recém-contratado que tem somente o nível médio não chega a R$ 2 mil, mas para engenheiros recém-formados que integram o programa de trainee o salário pode chegar a R$ 4.600 mil.
O gerente geral de Recursos Humanos (RH) da mineradora Vale, João Menezes, afirma que encontrar pessoas com formação técnica é mais difícil do que recrutar engenheiros para trabalhar na empresa. "Nossa prioridade é sempre a mão de obra local. Mas quando não conseguimos um engenheiro, por exemplo, chamamos de outros estados. Um profissional formado tem uma condição financeira melhor para trocar de cidade e se manter durante um tempo. A mesma situação não ocorre com o técnico", avalia.
Para João Menezes, o principal problema de mão de obra para os grandes projetos é falta de educação formal. "Das seleções que fazemos, de 10 pessoas, aproveitamos apenas uma", lamenta o gerente. De acordo com o gerente, a Vale contorna a situação investindo em capacitação. Para concorrer a uma vaga na mineradora, diz o gerente, é necessário ficar de olho nas vagas anunciadas no site www.vale.com ou cadastrar o currículo nas consultorias Gestor ou Adapt Soluções, parceiras da mineradora no recrutamento de trabalhadores.
CULTURA
A consultora de Recursos Humanos Karla Barros, que trabalha em uma empresa que presta assistência para as mineradoras Vale, Alcoa, Alunorte e Albrás, acredita que a cultura do belenense de permanecer na cidade é um dos motivos para que a mão de obra qualificada venha de outros estados, enquanto a técnica é formada na própria localidade. "Nós não conseguimos fazer com que as pessoas da capital se mudem para o interior, em nenhum nível de escolaridade. Mas as pessoas que aceitam trabalhar no interior, em cidades ainda em desenvolvimento, não se mudam tanto pelos salários. A visibilidade de atuar em uma multinacional e o plano de carreira são os fatores mais atrativos", avalia. Ela cita Ourilândia do Norte, a 960 kilometros de Belém, como município hoje com a maior oferta de empregos.
O engenheiro de Minas e professor do curso técnico de Mineração do Instituto Federal do Pará (IFPA, antigo Cefet) - o mais tradicional do Estado, com 34 anos de funcionamento no modelo integral ou subsequente - Edson Neves, explica que para seguir a carreira no setor mineral é preciso ter vocação. "Você não vai encontrar minas na cidade grande. Para conseguir boas oportunidades, é preciso ir onde a extração acontece - não tem jeito, pois é o tipo de profissão que não tem como mudar de lugar o objeto de trabalho", observa.
A estudante do curso técnico de mineração Gabrielle Almeida, de 19 anos, vai se formar neste ano e já planeja se mudar para o município de Barcarena ou então prestar vestibular para Geologia na Universidade Federal do Pará (UFPA).FONTE: http://www.orm.com.br/oliberal/interna/default.asp?modulo=250&codigo=475532
Veja bem trabalhar em mineraçao eh muito bom, porem o mercado n vem pagando tão bem como deveria , um tecnico recem formado ganha menos de 2 mil, enquanto trabalha o suficiente pra ganhar bem mais que isso, engenheiro entao nem se fala, isso é o ruim de uma empresa de grande porte, como a vale , agora tem outra empresa muito foda a tal de britanite, cruzes eh de rir a faixa salarial deles, alguem conhece um tal de Fabio Roque ai em canaa?? Cuidado o cara é um fdp!
ResponderExcluirCara... a mao de obra aqui em Canaã está difícil. as autoridades locais devem incentivar as pessoas no sentido de se qualificarem...a região é promissora vamo la camara...
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